As inovações científicas e tecnológicas e respetivos impactes

• O desenvolvimento científico pode conduzir a tecnologias de grande impacte na transformação do planeta e na qualidade de vida das populações.

• O desenvolvimento sustentável assenta numa relação equilibrada entre o ambiente, a economia e a sociedade, e para conseguir esse equilíbrio é necessário o contributo do desenvolvimento científico e tecnológico.

• A adoção de modelos de desenvolvimento e de estilos de vida sustentáveis depende de todos, tendo cada cidadão uma importância fundamental para resolver um dos maiores desafios que a Humanidade enfrenta.

Gestão de resíduos e desenvolvimento sustentável

• Resíduos - São substâncias, produtos ou objetos que foram utilizados ou consumidos e já não são necessários. Vulgarmente, são designados por lixo.
• Os resíduos podem ser classificados quanto á sua origem em:

1. Resíduos sólidos urbanos;
2. Resíduos industriais;
3. Resíduos hospitalares;
4. Resíduos agrícolas.

• Cada cidadão pode contribuir para uma gestão sustentável dos resíduos aplicando a Regras dos 3R-reduzir, reutilizar e reciclar.
• Reciclagem - É um processo que se baseia no reaproveitamento de certos materiais, que serão utilizados como matérias-primas para produzir novos produtos.
• A reciclagem exige uma separação e recolha seletivas dos resíduos, de modo que os materiais recicláveis não sejam misturados com o lixo comum.
• Numa gestão sustentável, os resíduos devem ser encarados como recursos, isto é, como materiais que têm valor.
• Os resíduos não recicláveis podem ser sujeitos a uma valorização energética ou incineração, recuperando-se energia e reduzindo-se o volume de lixos. É um processo caro, que emite gases para a atmosfera.
• Os resíduos orgânicos podem ser sujeitos a uma valorização orgânica ou compostagem, baseada na decomposição biológica controlada dos resíduos, com obtenção do composto, um fertilizante orgânico.
• A colocação de lixos em aterro deve ser a última opção numa gestão sustentável dos resíduos.
• Os esgotos podem ser tratados numa ETAR ou estação de tratamento de águas residuais.
• A redução do consumo de água, o combate ao desperdício no uso da água e a prevenção da contaminação dos recursos hídricos são princípios a seguir por todos os cidadãos.

Ordenamento e Gestão do Território

• A edificação de estruturas humanas tem levado à ocupação de uma percentagem cada vez maior da superfície terrestre, o que desencadeia uma pressão crescente sobre o ambiente, levando a grandes desequilíbrios.
• A solução para este problema passa pelo ordenamento do território, que consiste na definição de regras para a ocupação do espaço biofísico, de forma a que este possa ser transformado e utilizado pelas populações, em equilíbrio com a natureza.
• Os IGT (Instrumentos de Gestão Territorial) e as Cartas de Ordenamento são exemplos de instrumentos que prevêem a regulação da implantação de zonas habitacionais, definição de áreas agrícolas e proteção das áreas de interesse biológico.

• Área Protegida-  é uma zona de limites bem definidos que condiciona a intervenção humana a regulamentos específicos.

Em Portugal, uma área protegida pode ser classificada em:

1. Parque Nacional;
2. Parque Natural;
3. Reserva Natural;
4. Paisagem Protegida;
5. Monumento Natural;
6. Área Protegida Privada.

• As áreas protegidas em Portugal, estão organizadas numa Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP), sob a supervisão do instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

• A proteção das áreas protegidas depende da atribuição de recursos humanos e financeiros, do desenvolvimento de sistemas de informação e comunicação e da implementação de mecanismos de vigilância, entre outras medidas.
• As entidades de proteção e conservação da Natureza podem ser públicas, resultando das obrigações e responsabilidades do Estado, ou privadas, resultando das vontades e iniciativas dos cidadãos, que se podem constituir em diferentes tipos de associações.
• O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) são entidades públicas com intervenção na proteção e conservação da Natureza.
• A LPN, a Quercus, o FAPAS, o GEOTA, a SPEA e o Grupo Lobo são associações privadas, sem fins lucrativos, que atuam na área da proteção e conservação da Natureza.
• Cada cidadão deve adotar uma atitude informada, crítica e ativa, com capacidade de intervir nas decisões que possam afetar a saúde do ambiente e a sua própria qualidade de vida, no presente ou no futuro, exercendo uma cidadania ambiental.

Classificação dos recursos naturais

Exploração e transformação dos recursos naturais

Energia Geotérmica - Refere-se ao calor do interior da Terra, que pode ser explorado para fornecer água quente e vapores para a produção de energia.

Energia do hidrogénio - Obtém-se pela reação do hidrogénio com o oxigénio, em pilhas de combustível, produzindo vapor de água e libertando energia que é convertida em eletricidade. A tecnologia está bem desenvolvida na indústria automóvel com vários protótipos movidos a hidrogénio. Pelos escapes apenas sai vapor de água.














Agricultura e pecuária - A agricultura fornece os vegetais e a pecuária fornece os animais que são a base de alimentos como a carne, o leite, os ovos, os frutos e as hortaliças. Também podem fornecer peles e fibras, como o algodão ou a lã.

Exploração florestal - Permite obter matérias-primas, alimentos e paisagens. O mobiliário ou o papel são produzidos a partir das madeiras e as tintas e vernizes a partir de resinas naturais. Nas áreas florestais, também são obtidos alimentos, como frutos silvestres (amoras, mirtilos e framboesas, por exemplo), sementes (nozes, castanhas e pinhões por exemplo) e cogumelos.

Caça - A perseguição e morte de animais, geralmente selvagens, com objetivos alimentares, recreativos ou comerciais, designa-se por caça.

Pesca - Permite a captura de diversos animais marinhos, incluindo peixes ( como o bacalhau e sardinhas), crustáceos ( como a lagosta e o camarão) e moluscos ( como a lula e o polvo), essencialmente para fins alimentares. Algumas destas espécies podem ser criadas em tanques, gaiolas ou viveiros, uma atividade designada por aquicultura.