sexta-feira, 25 de maio de 2018

Infeções sexualmente transmissíveis (IST)

Clamídia

  • Infeção pela bactéria Chlamydia trachomatis. Esta doença é uma das mais comuns, afetando homens e mulheres jovens, com idades entre os 16 e os 25 anos. Nas mulheres, a clamídia é particularmente perigosa, uma vez que 75% das jovens infetadas, tal como 50% dos homens, não apresentam quaisquer sintomas. Quando se manifestam, os sintomas passam por corrimentos vaginais, necessidade frequente de urinar, dor abdominal e relações sexuais dolorosas. Pode causar infertilidade. É tratada com antibióticos.

Gonorreia
  • Infeção pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Esta doença é muito comum e afeta homens entre os 20 e os 24 anos e mulheres entre os 16 e os 9 anos. Ataca, principalmente, a uretra, nos homens, e o colo do útero, nas mulheres. Geralmente, não apresenta sintomas. Quando surgem, manifestam-se na forma de dores abdominais, ardências e corrimentos vaginais ou urinários. Pode causar infertilidade. É tratada com antibióticos.

Doença inflamatória pélvica (DIP)
  • Infeção generalizada do sistema reprodutor feminino, da vagina aos ovários, por múltiplas bactérias, incluindo as causadoras de clamídia ou gonorreia. Febre, menstruações anómalas, dores abdominais e relações sexuais dolorosas são alguns dos sintomas. Apresenta um risco elevado de infertilidade. O tratamento é feito à base de antibióticos.
SIDA
  • Doença causada pelos vírus da imunodeficiência humana (VIH) que ataca o sistema imunitário, nomeadamente pela destruição progressiva de linfócitos, desenvolve a síndroma da imudeficiência adquirida (SIDA) e cria condições para a instalação de doenças oportunistas, como a tuberculose e a pneumonia. Após a contaminação, podem passar muitos anos até surgirem os primeiros sintomas, mas os indivíduos portadores do vírus (seropositivos) podem contaminar outras pessoas. A doença não tem cura, mas a sua evolução pode ser retardada com uma combinação de medicamentos.

Herpes genital
  • Doença muito contagiosa causada pelo vírus do herpes VHS-2 (o VHS-1 provoca o herpes labial). Febre, comichões, formigueiros, dores e, mais tarde, vesículas na zona genital são sintomas da doença. Não tem cura, mas os sintomas podem ser tratados com medicamentos antivirais.

Hepatite B
  • Doença infesiosa, muito contagiosa e potencialmente fatal, que afeta o fígado, causando lesões graves e irreversíveis, como a cirrose, o cancro dofígado e a insuficiência hepática. A via sexual é uma das formas de transmissão do vírus da hepatite B (VHB). Um terço da população mundial está infetada e não existe cura, embora a vacina possa prevenir o contágio.

Sífilis
  • Infeção pela bactéria Treponema pallidum. Afeta o sistema reprodutor, mas pode espalhar-se pelo corpo e, não sendo tratada, pode ser fatal. Uma ferida altamente infeciosa no pénis ou na vagina, acompanhada de gânglios linfáticos inchados, é o primeiro sintoma. Seguem-se erupções cutâneas e manhas na pele. Numa fase terminal, alterações da personalidade e doenças mentais. É tratada com antibióticos.


PARA PREVENIR ESTAS DOENÇAS, NÃO SE ESQUEÇÃO DAS RELAÇÕES SEXUAIS PROTEGIDAS!
















quinta-feira, 24 de maio de 2018

Doenças e saúde do sistema reprodutor


  • Cancro do cólon do útero: É um dos cancros mais comuns diagnosticados nas mulheres. A infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV), as relações sexuais precoces e não protegidas e a existêsncia de múltiplos parceiros são fatores de risco. As alterações celulares iniciais, quando o cancro está no início, não apresentam sintomas, mas podem ser detetadas pelo exame do esfregaço vaginal (teste papanicolau). Mais tarde surgem hemorragias e corrimentos vaginais, menstruações anómalas, relações sexuais dolorosas e dores abdominais. A vacinação das mulheres, entre os 9 e os 26 anos, protege-as das infeções mais comuns por HVP, que provocam o cancro do cólon do útero. 
 


  • Problemas da próstata: Vão desde a inflamação e do aumento benigno do tamanho até doenças graves como o cancro. A maior parte dos homens com mais de 50 anos apresenta algum tipo de problema na próstata. Um dos mais comuns é o aumento do seu tamanho, que pode pressionar a bexiga e a uretra e causar sintomas incomodativos, como micções frequentes, demora em começar a urinar, fluxo de urina reduzido, gotejamento e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.


  • A ciência e a tecnologia contribuiriam para atenuar ou resolver muitos problemas associados ao sistema reprodutor.
Fecundação in vitro
  • É um método que permite juntar o espermatozoide e o oócito fora do organismo de modo que a fecundação seja bem-sucedida e o ovo inicie a sua divisão. O embrião é, mais tarde, implantado no útero materno.

Amniocentese
  • É um método de diagnóstico pré-natal, geralmente aplicado entre as 15 e as 20 semanas de gravidez, que consiste na extração de uma amostra de líquido amniótico. Este líquido, que preenche o saco amniótico que envolve o feto, contém células que este liberta e que podem ser analisadas para despiste de anomalias genéticas ou malformações do feto.


  • Uma higiene íntima diária e cuidada, a prática de sexo protegido, com recurso ao preservativo, o acompanhamento médico regular para a realização de exames de rotina, como o teste papanicolau, o uso adequado de antibióticos e de métodos contracetivos, a abstinência de tabaco e álcool, para além de um estilo de vida saudável, são algumas medidas que contribuem para o bom funcionamento do sistema reprodutor.









Da fecundação ao nascimento


  • Fecundação - União de dois gâmetas, um masculino e outro feminino, da qual resulta uma célula, o ovo ou zigoto, a partir da qual se desenvolve um novo indivíduo.
  • A fecundação humana ocorre no sistema reprodutor feminino, nas trompas de Falópio. Durante a relação sexual, o esperma é libertado pelo pénis na vagina, um ato denominado ejaculação.  
  • Apenas um espermatozoide penetrará no oócito para se fundir com ele e originar o ovo ou zigoto, a primeira célula do novo ser.
  • O ovo é uma célula que se divide sucessivamente ao longo da trompa de Falópio, à medida que progride em direção ao útero, formando-se o embrião.


  • Cerca de uma semana após a fecundação, o embrião aloja-se na parede uterina, que apresenta um endométrio espesso e preparado.
  • Nidação - Implantação do embrião na parede uterina.
  • O embrião produz uma hormona que impede o corpo amarelo de degenerar. Este continua a produzir as hormonas ováricas que mantêm o endométrio com boa espessura, permitindo o desenvolvimento da gravidez, e preparam as glândulas mamárias para a secreção de leite.
  • A menstruação deixa de ocorrer, ficando o ciclo sexual interrompido.
  • Cerca de 10 a 12 dias após o início da nidação, desenvolve-se a placenta. O embrião fica ligado à placenta pelo cordão umbilical.
  • A placenta é um órgão de trocas de substâncias entre o embrião e o corpo materno.
  • Através do cordão umbilical, o embrião recebe da mãe o oxigénio e os nutrientes de que necessita para o seu desenvolvimento e liberta para o corpo materno o dióxido de carbono e outros produtos de excreção.
  • A placenta produz hormonas que asseguram a manutenção da parede uterina, como a progesterona e os estrogénios, substituindo-se ao corpo amarelo, que, no ovário e ao fim de cerca de três a quatro meses, acaba por degenerar.
  • A espécie humana partilha com a esmagadora maioria dos outros mamíferos, sejam elefantes, morcegos ou golfinhos, os mecanismos de fecundação, nidação e desenvolvimento embrionário.



  • O embrião forma os principais órgãos durante as primeiras oito semanas de gestação, concluindo o chamando período embrionário.
  • A partir daqui, e até ao nascimento, que ocorre ao fim de cerca de quarenta semanas, o embrião passa a designar-se por feto, sendo este intervalo de tempo conhecido por período fetal.

  • O aleitamento materno é considerado a melhor forma de alimentar o recém-nascido nos primeiros meses de vida.

Algumas vantagens da amamentação e do leite materno:
  • Apresenta uma composição nutricional adaptada às necessidades.
  • É digerido com maior facilidade, melhorando o funcionamento intestinal e preparando para a introdução de novos alimentos.
  • Inclui defesas naturais que protegem contra doenças e infeções.
  • Promove o futuro alinhamento dos dentes e o desenvolvimento da função respiratória, da mastigação e da fala.
  • Estabelece um vínculo afetivo entre a mãe e a criança.
  • Contribui para o equilíbrio psicológico e para a recuperação da forma física da mãe.
  • É mais seguro. Está sempre pronto e nas melhores condições.












As hormonas sexuais


  • No sistema reprodutor feminino, os ovários são estimulados pelas hormonas da hipófise, FSH e LH, a produzir estrogénios e progesterona.




  • Os estrogénios produzidos pelos folículos ováricos durante a fase folicular estimulam a fase proliferativa do útero, promovendo a reconstituição do endométrio.




  • No sistema reprodutor masculino, as hormonas da hipófise, FSH e LH, atuam nos testículos, estimulando-os a produzirem testosterona. É a presença da testosterona nos tubos seminíferos que desencadeia a formação de espermatozoides.






Ciclos ovárico e uterino

Ciclo ovárico: Conjunto de transformações que ocorrem no ovário no decurso de um ciclo sexual e que resultam na libertação de um oócito para a trompa de falópio. Compreende três fases - fase folicular, ovulação e fase luteínica.





Ciclo uterino: Conjunto de transformações que ocorrem no útero no decurso de um ciclo sexual e que visam criar condições para a fixação do embrião. Compreende três fases: fase menstrual, proliferativa e fase secretora.




No ciclo menstrual pode ser identificado um período fértil em torno do dia da ovulação, que ocorre no 14º dia do ciclo. Em mulheres com ciclos regulares de 28 dias, o período fértil situa-se entre o 10º e o 17º dia do ciclo.






As células sexuais


  • No sistema reprodutor masculino, as células sexuais ou gâmetas denominam-se espermatozoides e formam-se nos testículos, num processo que tem início e continua ao longo da vida - a espermatogénese.
Espermatogénese: Processo que ocorre nos tubos seminíferos do testículo e resulta na formação de espermatozoides.

Dos tubos seminíferos, os espermatozoides passam para os epidídimos, onde completam a sua maturação. Mais tarde, já nos canais deferentes, misturam-se com os líquidos seminal e prostático, formando o sémen ou esperma.

Um espermatozoide é constituído por três zonas: a cabeça, a peça intermédia e a cauda.








  • No sistema reprodutor feminino, os gâmetas designam-se por oócitos e são produzidos nos ovários, num processo iniciado antes do nascimento e conhecido por oogénese.
Oogénese: Processo que ocorre nos ovários e resulta na formação de oócitos.

O desenvolvimento dos folículos e a oogénese são interrompidos após o nascimento e, a partir da puberdade, mensalmente, num dos ovários, amadurece um folículo que liberta o seu oócito para a trompa de falópio.

O oócito é uma célula arredondada de grandes dimensões, comparativamente ao espermatozoide.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Estrutura e função dos órgãos reprodutores


  • Os sistemas reprodutores feminino e masculino são constituídos por gónadas, ou glândulas sexuais, por vias genitais, por órgãos genitais externos e por glândulas anexas.
Órgãos do sistema reprodutor masculino
  • Gónadas (Testículos)
  • Vias genitais (Epidídimos, canais deferentes e uretra)
  • Glândulas anexas (Vesículas seminais e próstata)
    Órgãos genitais externos (pénis e escroto)
  Funções do sistema reprodutor masculino
  • Testículo -Produção de gâmetas masculinos, os espermatozoides, e secreção de uma hormona sexual masculina, a testosterona, responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais e pelos caracteres sexuais secundários masculinos. 
  • Epidídimos - Maturação e armazenamento dos espermatozoides.
  • Canais deferentes - Transporte dos espermatozoides dos epidídimos à uretra.
  • Uretra - Condução do sémen ou esperma para o exterior do corpo. É um canal comum ao sistema urinário, transportando também a urina.
  • Vesículas seminais - Secreção do líquido seminal, rico em nutrientes energéticos necessários à atividade dos espermatozoides.
  • Próstata - Secreção do líquido prostático, um fluido alcalino que neutraliza a acidez da vagina e permite a sobrevivência e a mobilidade dos espermatozoides.
  • Pénis - Copulação e micção. Órgão formado por três corpos cilíndricos de tecido erétil que se enchem de sangue aquando da estimulação sexual, provocando o seu endurecimento e aumento do tamanho.  É atravessado pela uretra, sendo responsável pela introdução de esperma no interior da vagina.
  • Escroto - Contenção dos testículos fora da cavidade abdominal.


Órgãos do sistema reprodutor feminino


  • Gónadas (Ovários)
  • Vias genitais (Trompas de Falópio, útero e vagina)
  • Órgãos genitais externos (Vulva)

Funções do sistema reprodutor feminino
  • Ovários - Produção de gâmetas femininos, os oócitos, e secreção de hormonas sexuais femininas, os estrogénios e a progesterona, responsáveis pelo crescimento dos órgãos sexuais e pelos caracteres sexuais secundários femininos
  • Trompas de Falópio - Recolha do oócito libertado periodicamente pelo ovário durante a ovulação. Locais onde ocorre a fecundação.
  • Útero - Fixação do embrião, em caso de gravidez, nas suas paredes musculosas, revestidas interiormente por uma mucosa periodicamente renovada - o endométrio.
  • Vagina - Ligação do útero à vulva. Receção do esperma depositado pelo pénis aquando do ato sexual. Local por onde ocorre a saída do bebé, durante o parto.
  • Vulva - Proteção com pregas musculares - os pequenos e os grandes lábios - das aberturas da uretra e da vagina e do clítoris, um pequeno órgão sensível e erétil.





Infeções sexualmente transmissíveis (IST)

Clamídia Infeção pela bactéria Chlamydia trachomatis. Esta doença é uma das mais comuns, afetando homens e mulheres jovens, com idades en...